Desagravo do ovo
Aos mitos há muito enraizados, aqui se
contrapõem conclusões científicas que o retratam como um alimento completo e
saudável, bem melhor do que a sua reputação.
Maltratado anos
a fio, o ovo ressurge enquanto nutriente essencial e benéfico para a saúde.
Vale afinal como refeição, tem múltiplas aplicações gastronómicas e, além do
mais, é barato e de fácil confecção. De que está à espera para voltar a
incluí-lo na mesa da sua casa, estrelado, cozido, escalfado ou mexido sem
restrições? Veja porquê:
Mito - não se deve comer mais do que dois ovos por semana.
Facto: Diz um estudo, já de
2007,publicado no jornal científico Medical Science Monitor, que ingerir um ou
mais ovos por dia não aumenta o risco de problemas cardíacos entre adultos
saudáveis. Os investigadores concluíram que a recomendação genérica para
limitar o consumo está distorcida, tendo em conta as características
nutricionais do ovo. Aliás, cientistas da Universidade de Alberta, no Canadá,
anunciaram, recentemente, a capacidade de o ovo prevenir doenças cardiovasculares,
graças às suas propriedades antioxidantes. (Duas gemas cruas, por exemplo, têm
mais antioxidantes do que uma maçã).
Mito - quem tem colesterol elevado não deve comer muitos ovos
Facto: “Pesquisas realizadas na
última década evidenciam, claramente, os efeitos benéficos do ovo,
desvinculando a questão colesterol da dieta e da doença cardíaca, e indicando
que é possível consumir até duas unidades por dia sem que haja riscos”, diz o
especialista António Bertechini, da Universidade canadiana de Bristish
Columbia, em Vancouver, num artigo científico sobre o assunto. Lê-se, ali, que
a ingestão de ovos não faz aumentar o mau colesterol, pois 70% dele é produzido
pelo fígado e por fatores como predisposição genética, obesidade, tabagismo,
sedentarismo, dieta pobre em fibras e rica em gorduras saturadas. Logo, têm
maior influência do que a quantidade de ovos consumida.
Mito - o ovo, por si só, não constitui uma refeição
Facto: Um bitoque, prato típico
português, é um exagero alimentar, pois, às proteínas da carne, juntam-se as do
ovo a cavalo. Nutricionistas afirmam que o ovo basta-se a si próprio, já que é
uma excelente fonte de lidos, vitaminas e minerais, além das já referidas
proteínas.
Mito - comer muitos ovos contribui para a subida da tensão arterial
Facto: Cientistas da Universidade
de Alberta descobriram precisamente o contrário: o consumo de ovos pode estar
relacionado com a redução da pressão sanguínea. È que as suas proteínas são
convertidas, por enzimas do estômago e dos intestinos, em peptídeos – elementos
que fazem baixar a pressão arterial.
Mito - o ovo é muito calórico
Facto: Dados do Departamento de
Agricultura dos EUA ditam que uma unidade crua tem pouco mais de 70 calorias, o
equivalente a uma bolacha recheada. Quando são fritos, o valor sobe para 100,
por causa da gordura adicionada. Em 2011, por sinal, investigadores da
Universidade norte-americana de Louisiana, revelaram que comer dois ovos pela
manhã ajuda numa dieta de emagrecimento. Conclusão que reforça uma tese já
publicada em 2005, no Journal of the American College of Nutrition, a qual
sintetiza que, ao ingerir um ovo pela manhã, as pessoas sentem-se mais
saciadas, diminuindo, assim, a quantidade de calorias ao longo do dia.
Mito - a clara é mais saudável do que a gema
Facto: Quase metade das
proteínas do ovo encontram-se na clara. O resto está na gema, que é rica em
gordura, sobretudo insaturada. A parte amarela fornece entre 10% a 20% da dose
diária recomendada de vitamina A, D, E e K. A clara é generosa em vitaminas do
complexo B e em minerais, como fósforo e selénio. Ou seja: as duas partes do
ovo complementam-se.
REVISTA VISÃO
Comam a quantidade que vos apetecer, sempre fiz isso e não tenho problemas.
Isso é um complô bem organizado das galinhas, defensoras do não consumo de ovos.
REVISTA VISÃO
Comam a quantidade que vos apetecer, sempre fiz isso e não tenho problemas.
Isso é um complô bem organizado das galinhas, defensoras do não consumo de ovos.
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